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sábado, dezembro 12, 2009

Gintama

Gintama é uma série de anime produzida pelos Estúdios Sunrise. Precedida de um OVA, exibido na Jump Festa em 2005, a série televisiva estreou na Primavera de 2006 e ainda se encontra em exibição. Conta já com um segundo OVA e terá uma adaptação cinematográfica em Abril de 2010.

A premissa da série é simples mas, sem dúvida, original. Imaginem que durante o período Edo, o tempo dos samurais, o Japão era invadido e conquistado por extraterrestres. Só isto. É tudo o que basta para o autor já poder ter uma fonte inesgotável de desculpas para poder escrever e incluir na história o que bem lhe der na gana. Uma miúda de 15 anos com uma força sobre-humana acompanhada por um cão gigante? Extraterrestre. Seres arroxeados? Extraterrestres. O protagonista a ler a Shonen Jump ou a andar de scooter? A tecnologia extraterrestre fez avançar o mundo em 200 anos, logo isso é absolutamente normal. Bazookas, explosões e um pinguim albino? Bem, acho que já estão a ver onde quero chegar.

Como podem imaginar, Gintama é uma série primariamente de comédia. Composta por episódios soltos ou pequenos arcs de três ou quatro episódios, Gintama gira à volta das aventuras da Yorozuya, um grupo que trabalha por conta própria a fazer tudo o que lhe seja pedido, desde encontrar animais de estimação perdidos, reparar telhados ou salvar a cidade de malfeitores. Inicialmente sozinho, a Sakata Gintoki, um ex-samurai pouco convencional, juntam-se Shimura Shinpachi, um samurai em treino, Kagura, a rapariga com uma força sobre-humana e um apetite incontrolável, e Sadaharu, um cãozinho adorável gigante que tem por norma trincar as cabeças das personagens.

O humor em Gintama faz-se de variadíssimas maneiras e feitios. Seja comédia de situação, comédia de personagem, simples paródias a outros animes ou à cultura japonesa em geral ou apenas pura aleatoriedade, o riso é garantido. E mesmo sendo algumas piadas perdidas por um olho ocidental, muitas outras são praticamente universais. Decerto os episódios que parodiam quase na sua totalidade as séries Dragonball, Naruto ou até mesmo o jogo Dragon Quest conquistarão o espectador.

Apesar de o material original (entenda-se o manga a partir do qual a série é baseada) ser bastante bom e ter piada já por si, o factor comédia ganha muito mais destaque no anime. Não só devido ao melhor timing, algo extremamente essencial em comédia, como à excelente banda sonora, que encaixa que nem uma luva, sendo muitos dos temas paródias a outros, como o excelente elenco de actores, dos quais se destaca Kugimiya Rie (Elric Alphonse, Fullmetal Alchemist; Aisaka Taiga, Toradora), Tachiki Fumihiko (Ikari Kendo, Neon Genesis Evangelion; Zaraki Kenpachi, Bleach), Nakai Kazuya (Mugen, Samurai Champloo; Zoro, One Piece) e claro, a magnífica voz do protagonista, Sugita Tomokazu (Kyon, The Melancholy of Haruhi Suzumiya; Hideki Motosuwa, Chobits).


Gintama transcende-se de facto. Contrariamente a muitos outros animes de comédia que ainda que hilariantes, não conseguem convencer em termos argumentativos, faltando-lhe alguma substância, Gintama consegue ultrapassar essa barreira e possuir uma história digna de qualquer outro anime shounen. Não esquecer que o manga homónimo é publicado na Shonen Jump, logo, não foge aos padrões por esta estipulados. Mesmo não tendo power-ups especiais ou training arcs, Gintama consegue não só ter momentos mais sérios extremamente bem escritos, mas também proporcionar excelentes momentos de acção e defender todos os valores comuns às histórias da Jump: a amizade, o esforço e a vitória. A diferença em Gintama é que no episódio a seguir a uma luta memorável, um discurso épico ou um momento mais emocional, pode aparecer o Will Smith a absorver o vírus da gripe, curando as constipações de toda a gente, incluindo a do tipo que está nu com um alho-francês enfiado num sítio onde o sol não brilha. Porque Gintama é mesmo assim.

domingo, novembro 29, 2009

Summer Wars

Summer Wars é uma longa-metragem de anime, realizada por Mamoru Hosoda (The Girl Who Leapt Through Time) em 2009. Foi produzido pelos Estúdios Madhouse.

Summer Wars conta-nos a história de Kenji, um rapaz tímido que um dia é “recrutado” por Natsuki, uma colega mais velha, para um trabalho de verão em casa da família dela. Mas ao chegar ao destino, Kenji descobre que o trabalho consiste em se fazer passar por noivo de Natsuki durante o aniversário da avó, diante de toda a família. É durante essa provação que Kenji recebe uma estranha mensagem no telemóvel, um código que este, sendo bom a Matemática, resolve rapidamente. Mal sabia ele que a solução causaria o caos no OZ, um mundo virtual a que todo o mundo tem acesso e do qual está extremamente dependente.

Começando pela animação, esta é bastante boa, digna de uma longa-metragem e não deixando desiludidos os fãs de The Girl Who Leapt Through Time. Apesar de o desenho das personagens ser um pouco plano, é essencialmente nos cenários e nas cenas que se desenrolam no mundo virtual que se nota o brilhantismo da arte e da animação. Pena que esse brilhantismo não seja transportado para o argumento e para a caracterização de personagens.

A grande falha do filme está em abrir portas e não as fechar. O filme introduz-nos excelentes premissas que acabam por nunca ser totalmente desenvolvidas. O mundo virtual apresentava um potencial gigante em termos argumentativos, servindo de analogia, mesmo que um pouco extrema, para o actual fenómeno das comunidades online e para a nossa actual e cada vez maior dependência tecnológica. Só o próprio nome dado ao universo, OZ, dava pano para mangas, no sentido de nos remeter para o mundo fantástico e irreal do Feiticeiro de Oz. E a própria existência daquele vilão poderia dar-nos uma perspectiva interessante sobre o desejo de aprendizagem e conhecimento, transformando algo tão valorizado pela nossa sociedade em algo que pode ter consequências negativas. Mas ao invés de desenvolver tudo isto, o realizador prefere dar mais ênfase ao ambiente mais rural e familiar que o clã de Natsuki providencia. Isto nota-se sobretudo na primeira meia-hora de filme: depois de uma explicação inicial dedicada ao mundo virtual, tão tecnologicamente evoluído, segue-se uma introdução exaustiva da família de Natsuki e do seu respectivo modo de vida, sem no entanto mostrar uma ligação entre eles e quase nos fazendo questionar qual a influência que um tem sobre o outro. Ainda que a intenção fosse de comparar e contrastar esses dois mundos, a distância entre eles é tão grande que essa ligação perde todo o significado. Também ao longo do filme se notam algumas tentativas de comparações, contrastes e paralelismos, mas quase sempre falhados. Os jogos de basebol que decorrem em paralelo na televisão, por exemplo, só por uma única vez são bem sucedidos em espelhar a acção principal.

Em termos de desenvolvimento de personagem, Summer Wars fica muito aquém do seu antecessor, The Girl Who Leapt Through Time. Enquanto que nesse há um grande ênfase na personagem principal e na sua evolução, em Summer Wars isso não acontece, havendo até alguma dificuldade por vezes em perceber de todo qual é a personagem principal. Tudo indica que será Kenji, sendo este primeiramente introduzido como uma figura fraca, tímida, com alguns problemas de socialização, mas com um claro potencial de evolução. No entanto, o passado da personagem, que é sempre tão necessário a fim de perceber as suas acções e reacções, é completamente descurado, sendo novamente subaproveitada a ideia do contraste: sendo a explicação do passado de Kenji resumido a duas linhas de diálogo, a intenção de contrastar a sua vida solitária com a alegria de ter uma família enorme acaba por não causar qualquer impacto no espectador. A própria evolução da personagem é demasiado inconsistente: quando Kenji parece finalmente ganhar alguma coragem e determinação, é apresentado no momento seguinte como o fraco e tímido rapaz que era ao início. O próprio clímax do filme, ou seja, a cena expoente máximo do argumento e da animação, e que devia pertencer a Kenji, mostrando como ele é capaz de estar à altura da situação, é-lhe injustamente roubado e ridiculamente atribuído a Natsuki, uma personagem completamente plana e cujo papel na história, especialmente na hora de filme anterior, tinha sido bastante passivo.

Ao nível secundário, a enorme quantidade de personagens não permite desenvolver o passado e até mesmo as personalidades das figuras mais relevantes. A avó, matriarca da família, parece ter uma grande influência sobre outras personagens, como nos é dado a entender através dos inúmeros telefonemas que ela faz aquando do momento de caos causado pela falha no OZ. Essa cena é aliás, das mais bem conseguidas no filme, mostrando que a líder da família que lutou em guerras passadas, está à altura do seu nome e do seu título e, como qualquer líder, é perfeitamente capaz de comandar e incentivar as suas “tropas”. No entanto, nunca se percebe exactamente o porquê dessa influência. O que fez ela, que tipo de vida levava, para conseguir que toda a gente à sua volta a respeitasse e ouvisse o que ela tinha para dizer? E quando ao Wabisuke… a personagem tinha algum potencial, mas no final de contas, foi pobremente desenvolvida, acabando até por se tornar incongruente. Qual o motivo das acções dele? Porque roubou ele o dinheiro, porque se ausentou durante dez anos, dedicando-se a desenvolver um projecto que, segundo ele, deixaria a avó orgulhosa dele? Ela aceitou-o de imediato e é dito directamente que tinha imenso orgulho que ele passasse a pertencer à sua família. Porque sentia ele então que lhe tinha de provar algo?

É portanto o conceito de família e que é importante protegermos a mesma a principal mensagem transmitida pelo filme. É uma mensagem interessante, sem dúvida. Mas o que é que isso tem a ver com o mundo virtual e tecnológico? Porquê alargar-se o universo da história à escala mundial? Pode-se tentar fazer uma ligação e concluir que a comunidade do OZ é um no fundo uma gigante família virtual, mas esse paralelismo, como tantos outros, nunca é totalmente desenvolvido no filme, tornando-se portanto um pouco forçado assumir isso. Sendo então uma mensagem que pode ser descoberta de tantas outras maneiras e até bem mais óbvias, acrescente-se, sente-se que todo o conceito da comunidade virtual estava lá por nada, não servindo qualquer propósito.

Apesar do conteúdo um pouco inconsistente, Summer Wars não deixa de ser agradável de se ver. A animação é bastante boa e dá para sorrirmos e para nos emocionarmos, deixando-nos com alguma satisfação no final. Simplesmente, nunca verdadeiramente sentimos grande empatia pelas personagens ou ficamos embrenhados no argumento. Tudo acaba por cair em seco, faltando-lhe a profundidade necessária para ser uma obra-prima.

terça-feira, novembro 24, 2009

Segundo filme de Higashi no Eden adiado

De acordo com a Production I.G., o segundo filme de Higashi no Eden, intitulado Higashi no Eden - Movie II: Paradise Lost, foi adiado para Março de 2010.

O filme estava com data marcada para o próximo dia 9 de Janeiro. A produtora justifica o adiamento com a extensão da duração do filme. A companhia planeava produzir duas longas-metragens de 60 minutos cada, mas com o desenvolvimento da história, decidiu agora alongá-las para os 90 minutos.

Recorde-se que o primeiro filme, Higashi no Eden - Movie I: The King of Eden, estreia nos cinemas japoneses no próximo Sábado, dia 28 de Novembro. Podem ver o trailer aqui.

Fonte: http://myanimelist.net/forum/?topicid=133990

Por um lado, é bastante chato qualquer adiamento do filme, mesmo que sejam apenas dois meses. Por outro, agrada-me a ideia de haver desenvolvimentos na história que justifiquem o total de 180 minutos. É continuar à espera.

Trigun: Badlands Rumble - Trailer

Tenho de ser honesta e admitir que até já julgava que a produçao da longa-metragem de Trigun tinha sido cancelada, por já não ouvir notícias há tanto tempo. Mas eis finalmente um trailer.


A animação parece fantástica e que bom ver que mantiveram a artwork original. Faz-nos ter um ataque de nostalgia e ficar com imensas saudades da série. Estou de facto em pulgas para ver este filme. Estreia a 24 de Abril de 2010.

Nerima Daikon Brothers

Nerima Daikon Brothers é uma série de anime de 12 episódios baseada no manga homónimo e realizada por Watanabe Shinichi (Excel Saga). Foi produzida pelos Estúdios Hibari em 2006.

Nerima Daikon Brothers é uma comédia em formato de musical que conta a história de três personagens cujo sonho é construir um mega-palco na sua quinta e, como banda, poderem lá cantar sempre que quiserem. Em cada episódio, envolvem-se em variadíssimas aventuras cuja fórmula consiste em lutar contra vigaristas, playboys e afins e roubar-lhes o dinheiro, apenas para o ver desaparecer no momento a seguir.

Sendo do mesmo realizador de Excel Saga, esperava de Nerima Daikon Brothers algo similar, isto é, com um argumento pouco desenvolvido e sem qualquer rumo. Não que isso seja necessariamente mau. Excel Saga é para ser valorizado por outros motivos que não a história, seja a realização, as personagens ou a comédia. No entanto, Nerima Daikon Brothers surpreendeu-me. Apesar de os episódios seguirem de uma forma geral sempre a mesma fórmula, especialmente na primeira metade dos episódios, o argumento acaba por se desenvolver e a série ganha algum sentido e algum rumo. Bem pelo menos, aqueles que os apenas doze episódios da série permitem.

A animação, ainda que um pouco menos histérica que Excel Saga, mantém a sua energia e o seu ritmo alucinante, recheada de cenas sem sentido e com muitos movimentos desnecessários por parte das personagens.


E caso não tenham lido bem ou vos tenha passado despercebido, Nerima Daikon Brothers é um musical. Sim, um musical. Daqueles em que as personagens subitamente começam a cantar sobre a sua vida quotidiana enquanto os figurantes dançam tão bem espontaneamente coreografados por trás. Ainda que a série talvez peque por repetir as melodias de episódio para episódio, as letras são sempre diferentes, adaptadas a cada situação, atribuindo a cada episódio traços de originalidade e individualidade. E os seiyuus são perfeitos. Não só se safam muito bem a cantar, como parece que nasceram para interpretar estas personagens.

Aliás, estas estão bastante bem desenvolvidas ao longo da série. O estado normal de histeria do Hideki, o protagonista, contrasta perfeitamente com a passividade do seu irmão Ichiro, tornando essa relação bem divertida. O desejo da Mako, a prima, de se tornar rica e poder beber Dom Pérignon para sempre e as engenhocas da detective Yukika são igualmente fontes inesgotáveis de riso. E até o Nabeshin, tão acarinhado em Excel Saga, é uma presença regular. E claro, não podia faltar a mascote fofinha, o panda.

Em suma, Nerima Daikon Brothers é bastante aconselhável a quem gosta de animes de comédia. A história é muito simples mas engraçadíssima, as músicas são boas e a enorme quantidade de paródias e momentos patetas fazem desta série algo genial.

Higashi no Eden



Nome: Higashi no Eden
Temporada: Primavera 2009
Estúdio: Production I.G
Género: Acção, Comédia, Mistério, Drama, Romance, Ficção Científica
Nº de episódios: 11
Sinopse: No dia 22 de Novembro de 2010, dez mísseis atingem o Japão. No entanto, este ataque terrorista sem precedentes parece não causar qualquer número de vítimas e acaba por ser esquecido por todos. Três meses mais tarde, Saki Morimi, uma jovem rapariga, viaja até aos Estados Unidos na sua viagem de finalistas. Mas quando ela está em frente à Casa Branca, prestes a meter-se em sarilhos, um jovem conterrâneo aparece e salva-a. No entanto, este jovem que se apresenta como Akira Takizawa, é um verdadeiro mistério. Aparentemente, perdeu a memória, além de que está completamente nu, apenas segurando uma arma numa mão e um telemóvel peculiar na outra. Um telemóvel que está carregado com 8,200,000,000 ienes em dinheiro virtual. [Traduzido do site MyAnimeList]

Higashi no Eden não é espectacular. Não é uma série com um argumento épico, não tem grandes sequências de acção que nos deixem boquiabertos nem uma animação fora do normal. Então o que tem? Tem um argumento aparentemente simples, mas na verdade, incrivelmente original e complexo, carregado de suspense e mistério, que nos faz especular e conjecturar teorias sobre o que vem a seguir. Tem um fabuloso conjunto de personagens, cujas personalidades e interacções aproximam fenomenalmente o anime da realidade. Tem uma animação e uma banda sonora bastante sólidas, com especial destaque para o Opening, cuja música é da autoria dos Oasis.

Na minha opinião, Higashi no Eden é a grande surpresa da temporada de Primavera deste ano. Pessoalmente, não a teria começado a ver, se não ma tivessem veemente aconselhado. E apesar de o último episódio da série apresentar uma conclusão, estão já em produção dois filmes, com estreia nos cinemas japoneses marcada para Novembro e Janeiro próximos. Eu sei que mal posso esperar.

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Trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=-kI9nOF7TNQ

Opening:
http://www.youtube.com/watch?v=rL8LFPIF53A

Ending:
http://www.youtube.com/watch?v=28XXAjHSu2o

Kannagi



Nome: Kannagi
Temporada: Outono 2008
Género: Sobrenatural, Slice-of-Life, Comédia
Estúdio: A-1 Pictures Inc.
Nº de episódios: 13 + OVA

O protagonista, Jin, usa o tronco de uma árvore sagrada para esculpir uma estátua para um projecto de escola. Quando a termina, a estátua magicamente transforma-se numa rapariga, que acredita ser uma divindade. A partir daí, começa a viver com Jin e tenta adaptar-se à sua condição e sua nova vida.

Não é exactamente uma história complexa. Na verdade, os motivos e o passado da Nagi, a divindade, nem sequer é tão abordado como talvez devesse ser. A série foca-se essencialmente na adaptação da personagem à sua vida, nas relações com outras personagens, e ultimamente, na sua própria evolução. A banda sonora e extremamente agradável e quanto à animação, a própria série não exige muito: tudo se passa num ritmo relativamente calmo, não havendo grandes acenas de acção. No entanto, é de notar que os cenários aqui presentes existem na vida real e são brilhantemente desenhados na série. Podem ver fotos aqui. Mesmo não sendo uma grande fã deste género de séries, tenho de admitir que Kannagi foi uma bela e refrescante surpresa. Não é brilhante, mas tem definitivamente os seus bons momentos, sendo na minha opinião, o episódio 7 o melhor de toda a série.







Opening:
http://www.youtube.com/watch?v=EnQNnc9Icnk

Ending:
http://www.youtube.com/watch?v=Wjddn0uwjWk